Tratamento com Rybrevant® no câncer de pulmão: saiba seus direitos e como obter

Enfrentar um diagnóstico de câncer de pulmão com mutação no EGFR é carregar, além do susto, a urgência de um tratamento eficaz. O amivantamabe (Rybrevant®) surge como uma opção direcionada para casos específicos, mas muitos pacientes enfrentam negação de acesso pelo plano de saúde, dificultando o tratamento com Rybrevant no câncer de pulmão.

O que é o amivantamabe?

O amivantamabe é um anticorpo monoclonal bispecífico, desenvolvido para atacar simultaneamente dois alvos nas células tumorais: o receptor EGFR e o receptor MET.

Essa dupla ação torna-o especialmente eficaz contra tumores que já desenvolveram resistência a outras terapias.

Por isso, o tratamento com Rybrevant no câncer de pulmão tem ganhado destaque como uma alternativa inovadora para pacientes com mutações específicas.

Em quais situações ele é indicado?

O tratamento com Rybrevant no câncer de pulmão é indicado em dois contextos clínicos principais:

• Monoterapia em mutação Exon 20ins do EGFR: pacientes cujo tumor progrediu após quimioterapia à base de platina (estudo CHRYSALIS).
  
  
• Combinação com carboplatina e pemetrexede: para quem tem deleção no éxon 19 ou substituição L858R (exon 21) e já passou por inibidores de terceira geração como o osimertinibe. 

Por que o plano de saúde nega a cobertura?

As justificativas mais comuns para negar o tratamento com Rybrevant no câncer de pulmão são:

1. Ausência no Rol da ANS: operadoras afirmam que, por não constar na lista oficial, não há obrigação de cobrir;
2. Classificação como “experimental” ou off-label: mesmo diante de estudos robustos, alegam falta de DUT específica para o uso.

Na prática, essas recusas ignoram que todo medicamento registrado pela ANVISA deve ser custeado e que a negativa fere o direito à vida e à saúde.

O amivantamabe está no Rol da ANS?

Até o momento, o Rybrevant® não figura no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS. Contudo, a ausência no rol não afasta a obrigatoriedade de cobertura, uma vez que o rol da ANS é exemplificativo, não taxativo, entendimento já consolidado na jurisprudência.

Essa interpretação é essencial para garantir o tratamento com Rybrevant no câncer de pulmão, mesmo diante de negativas injustificadas pelos planos de saúde.

Quando e como levar o caso ao Judiciário?

Quando a operadora recusar o custeio do tratamento com Rybrevant no câncer de pulmão, mesmo após o esgotamento do protocolo administrativo, não desanime: você ainda tem a possibilidade de se socorrer das vias judiciais. Para tanto, conte com um advogado especializado em direito à saúde, que domine as normas específicas e os princípios da medicina baseada em evidências. Esse apoio técnico-jurídico-científico é fundamental para estruturar corretamente a petição, fundamentar o pedido de tutela de urgência e obter o Rybrevant® o mais rapidamente possível, garantindo seu direito à vida e à saúde.

Quais benefícios o amivantamabe oferece?

O tratamento com Rybrevant no câncer de pulmão tem demonstrado importantes avanços clínicos:

• Resposta objetiva em cerca de 40 % dos casos com Exon 20ins (CHRYSALIS);
• Prolongamento do tempo livre de progressão quando associado a quimioterapia em pacientes pós-TKI de terceira geração;
• Perfil de segurança compatível, com reações infusionais manejáveis e melhora na qualidade de vida.

Sabemos o quanto a espera por um tratamento pode aumentar a angústia de quem já enfrenta o tumor. Embora a via administrativa seja o primeiro passo, manter organizada toda a documentação e registrar a negativa é essencial para, se preciso, buscar brevidade no Judiciário.
Com amparo científico e jurídico, você pode avançar na proteção do seu direito à saúde, garantindo o acesso ao Rybrevant® sem mais atrasos.

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